terça-feira, 25 de outubro de 2011

Técnicos são capacitados para implantação do Centro de Tratamento de Feridas

por Alieneu Pinheiro/Sesa

Iniciou na manhã desta terça-feira, 25, o curso em Tratamento de Feridas em Pacientes com Hanseníase, direcionado a profissionais que atuam no atendimento a pacientes vítimas da doença.

O curso é promovido pelo Centro de Referência em Doenças Tropicais (CRDT), em parceria com a Ong holandesa NHR - Brasil, que financia projetos de controle à hanseníase em 13 estados brasileiros.

Na capacitação serão apresentados novos tratamento para úlceras cutâneas em pacientes que estão em estado avançado da doença. A enfermeira, Divina de Siqueira, que faz parte da equipe do Centro de Referência em Diagnóstico Terapêutico de Goiânia e que está responsável em administrar o curso, explica que, atualmente, existem várias soluções de cobertura para o tratamento das feridas dos hansênicos.

"A maioria das medicações possui substâncias naturais compostas de algas, minerais e vegetais que atuam na cicatrização das feridas. Em média, o tempo de cura é de 3 a 6 meses, diferente de outros tratamentos, que levavam bastante tempo", explicou Divina de Siqueira.
Atualmente, o CRDT atende 156 pacientes com hanseníase e a maioria trata suas úlceras cutâneas no próprio Centro. Mas com a capacitação dos profissionais será possível a implantação dos Centros de Tratamento de Feridas na capital e em outros municípios do Estado.

A responsável pelo programa de Hanseníase e Tuberculose no Estado, Lenise Azevedo, diz que o maior desafio dos hansenianos é o acompanhamento do tratamento por parte da atenção básica.

"O CRDT tem o papel de notificar, identificar e oferece o tratamento aos pacientes vítimas da doença. Mas em muitos casos, os pacientes que apresentam feridas têm de ser acompanhados pelo Programa Saúde da Família (PSF) e isso não vem acontecendo e todos os acometidos pela doença vêm ao CRDT para cuidar dos ferimentos. Com a implantação dos Centros de Tratamento de Feridas será possível cuidar das feridas do hansênicos e dos diabéticos, utilizado novos tratamentos", finalizou Lenize.


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