sábado, 1 de outubro de 2011

Normas técnicas regulamentam terapias naturais realizadas pelo CRTN

Por Christina Hayne/Sesa

Nesta sexta-feira, 30, às 14 h, no Centro Cultural João Batista de Azevedo Picanço, serão apresentadas aos gestores estadual, municipais, secretários, presidentes e representantes de conselhos e a sociedade organizada as normas técnicas do Centro de Referência em Tratamento Natural (CRTN) como pré-requisito à política nacional das Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Essa normatização permitirá que o CRTN desenvolva suas atividades seguindo as recomendações do Ministério da Saúde (MS), conforme preconiza a Portaria 971/2006.

A vantagem dessa adequação é o estabelecimento de diretrizes, normas e rotinas que auxiliarão os gestores e profissionais envolvidos no desempenho do trabalho. Outra vantagem tem relação com a otimização dos serviços, pois o procedimento desse acolhimento até a alta de pacientes serão executados de acordo com as rotinas pré-estabelecidas, garantindo ao usuário uma resposta mais eficaz na recuperação de agravos ou na prevenção de doenças.

Somam-se à otimização destes serviços benefícios como segurança, reconhecimento quanto ao trabalho exercido pelos profissionais especializados nas diversas terapias complementares e a credibilidade que passam a ter por profissionais de outros segmentos da saúde em relação à importância de suas funções na recuperação do paciente e na prevenção e tratamento de doenças.

Com as terapias complementares / medicina natural, pacientes passam a ter reforço à medicina tradicional no tratamento de doenças agudas e crônicas da coluna, doenças osteoarticulares, diabetes tipo 2, cefaléia, hipertensão, obesidade, artrite reumatóide, transtornos emocionais e tendineomioarticulares, a partir da ajuda da Massoterapia, Acupuntura, Terapia Holística, Psicologia, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Cinesioterapia, Geoterapia, orientação nutricional, Assistência Farmacêutica, Pilates, Reflexologia Auricular, Terapia Alimentar, Terapia da Auto Estima, Terapia da Sensibilidade em Fitoterapia, Yoga, Terapia do Idoso, Terapia do Do-In, entre outras contribuições ao paciente, usuário do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em relação à Portaria 971/2006 do Ministério da Saúde, Luis Martins, massoterapeuta e responsável técnico do CRTN, explicou que a exigência dessa normatização já existia, porém não era respeitada pelo Estado do Amapá, somente agora, na gestão do governador Camilo Capiberibe, que o Estado conseguiu garantir a adequação necessária para inclusão dessas terapias à política nacional que credencia às práticas complementares. Tais normas modificam a rotina de trabalho, uma vez que regulamentam as práticas realizadas  no Centro.

O médico Jarbas Ataíde, idealizador e gerente geral do CRTN, explicou que a normatização é uma necessidade para que haja um bom funcionamento na condução das terapias naturais.  "A adequação às normas da política nacional das Práticas Integrativas e Complementares garante melhor resolutividade nas terapêuticas executadas em prol do paciente e proporciona credibilidade quanto às funções exercidas pelos profissionais", declarou. Segundo ele, com a normatização pode-se pensar em convênios e alocação de recursos em prol do desenvolvimento satisfatório das atividades em questão.

O gerente geral ressaltou ainda que as normas técnicas recomendam como os gestores federal, estadual, municipal e os profissionais das instituições devem atuar em suas respectivas rotinas de trabalho. "Essa normatização se faz necessária para que todos os tratamentos ligados à medicina natural sejam executados, dentro de uma norma pré-estabelecida. Antes, não é que os procedimentos eram feitos de forma aleatória, mas eles não tinham um direcionamento técnico para execução", explicou Ataíde.

O responsável técnico, Luis Martins, informou que um paciente ao ser encaminhado ao CRTN está inserido em um determinado tipo de patologia e que caberá aos profissionais do Centro identificar qual a terapêutica mais adequada para o caso, então, após essa etapa, o paciente será submetido a terapias assistenciais que ajudam no tratamento e na recuperação.
Desde a criação do CRTN, já foram realizados mais de 748 mil procedimentos que contribuíram com pessoas que sofrem de doenças agudas e crônicas. Este ano, cerca de 51 mil procedimentos já foram realizados.  Desse total, o maior público é do gênero feminino, cerca de 65%, e a maioria na faixa etária entre 45 e 60 anos.


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