Por Alieneu Pinheiro/Sesa
No período de 17 a 20 deste mês, a capital Macapá será sede da 6ª Conferência Estadual de Saúde. O evento irá reunir gestores da área e representantes dos segmentos sociais para discutirem propostas que foram elaboradas pelos 16 municípios do Estado.
Na ocasião, o governador do Amapá, Camilo Capiberibe, irá pronunciar a implantação da Primeira Rede de Atenção à Saúde Materno-Infantil no Estado. A abertura da Conferência será nesta segunda-feira, 17, no Teatro das Bacabeiras, a partir das 19h. Nos outros dias as discussões prosseguem no auditório do Ceta Eco Hotel, sempre nos turnos da manhã e tarde.
A Rede de Atenção à Saúde será importante, pois tratará das diretrizes para a estruturação da rede que compõem a saúde no Estado como estratégia para superar e aperfeiçoar o funcionamento político-institucional do Sistema Único de Saúde (SUS), com vistas a assegurar ao usuário o conjunto de ações e serviços de saúde que necessita, com efetividade e eficiência.
Em relação à atenção materno-infantil, toda a atenção se voltará às unidades de saúde que oferecem serviços, atendimentos e ações voltadas à criança e gestante. "Com a implantação da rede será possível aproximarmos os serviços oferecidos pelo Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), Pronto Atendimento Infantil (PAI) e Hospital Estadual da Mulher. E com essa aproximação, será possível atuarmos na redução da mortalidade infantil no Estado", explica a diretora do HCA, Olinda Consuelo.
O projeto irá agregar setes municípios da região central do Estado. Macapá, Porto Grande, Ferreira Gomes, Cutias do Araguari, Itaubal, Serra do Navio e Pedra Branca do Amapari são os municípios que serão integrados a Rede de Atenção a Saúde.
Com algumas ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), se pode reduzir o índice de mortalidade na Maternidade Mãe Luzia. No período de janeiro a agosto de 2011, houve uma redução de 31,57% na taxa de mortalidade em comparação ao mesmo período de 2010. Ano passado, o índice alcançou 38,10%. A fórmula matemática confirma diferença entre as taxas representa uma redução percentual na mortalidade infantil do HMML de 17,13% entre os meses de janeiro até agosto do corrente ano. As estatísticas comprovam que mais crianças nasceram e menos crianças morreram.
Antes da implantação da Rede de Atenção à Saúde Materno-Infantil, a Sesa vinha capacitando os profissionais do Sistema Único de Saúde a cuidar de forma responsável os usuários do sistema em todo o Estado.
O Núcleo Setorial de Planejamento (NSP) da Secretaria de Saúde ofertou uma oficina de Planificação da Atenção Primária à Saúde, direcionada à Rede de Atenção à Saúde Materno-Infantil. A capacitação foi oferecida pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
A equipe da Sesa capacitou facilitadores que ficaram responsáveis em realizar as oficinas municipais, direcionados à saúde da criança. Ao todo, serão realizadas 11 oficinas nos 16 municípios do Estado.
Para o secretário de Estado da Saúde, Edílson Mendes Pereira, esse será um momento histórico para a saúde no Estado. "Sabemos que os serviços de saúde apresentam algumas deficiências, mas não podemos mudar, em poucos meses, as falhas que foram deixadas há anos atrás. Queremos sim trabalhar juntos para que a saúde melhore e que o cidadão possa contar com um sistema de qualidade", explica Edílson.
O secretário acrescenta ainda que a implantação da Rede de Atenção à Saúde Materno-Infantil é o início de muitos outros investimentos que a saúde irá receber. "Este é um investimento que norteou capacitação de profissionais, além de integrar toda a rede de saúde que atenderá as crianças do Estado. O nosso desafio agora é trabalhar na reestruturação física de nossas unidades de saúde, para que todos possam usufruir dos serviços oferecidos pelo SUS", completa o secretário.
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