terça-feira, 4 de outubro de 2011

Nutrição indígena é tema de oficina

Por Alieneu Pinheiro/Sesa

Acontece desde esta segunda-feira, 3, e prossegue até esta quarta-feira, 5, a primeira Oficina de Capacitação para os Técnicos das áreas indígenas de Oiapoque, Pedra Branca do Amapari e Norte do Pará.
O evento é idealizado pelo Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e executado em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sasai) e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). O encontro acontece no salão de recepção do Restaurante El Divo, localizado na avenida Mendonça Furtado, com a rua Hamilton Silva.
De acordo com a integrante da coordenação Básica em Saúde da Sesa, Maria Balbina, a capacitação tem como foco capacitar os profissionais da saúde que irão atuar nas aldeias indígenas no monitoramento a desnutrição, principalmente, entre crianças e grávidas e na orientação de uma alimentação saudável.
"Com a aproximação das aldeias e dos costumes indígenas a cultura dos homens brancos, os índios estão tendo mais acesso a uma alimentação não muito saudável e, além disso, muitos deles encontram-se acima do peso, podendo ocasionar problemas de saúde futuro", explicou Balbina.
Ela acrescentou ainda que "tanto a Unicef quanto os parceiros, pretende fortalecer o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional Indígena (Sisvan/Indígena), bem como tornar acessível o atendimento dos índios no Sistema Único de Saúde (SUS").
Segundo a nutricionista dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), Fatrícia Silva, existem aproximadamente 12 mil índios nos municípios de Oiapoque e Pedra Branca do Amapari, e o maior desafio dos técnicos é controlar o acesso dos índios a alimentos não muitos saudáveis.
"Os técnicos irão fazer um acompanhamento nas aldeias, e caso seja comprovada algum caso de desnutrição este paciente será encaminho à Macapá para que sejam tomadas as devidas providências. Além disso, muitos indígenas ainda se alimentam somente de derivados da mandioca, e queremos que eles aproveitem tudo que há nas aldeias", finalizou Fatrícia.


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