sábado, 1 de outubro de 2011

Pré-natal: importante ferramenta no combate à mortalidade

Por Christina Hayne/Sesa

Acompanhamento completo da gestação é uma ferramenta importante para a sobrevivência e qualidade de vida do bebê e no combate à mortalidade neonatal.  De janeiro a junho do corrente ano, o Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (Same) do Hospital Maternidade Mãe Luzia (HMML), em Macapá, confirmou o quantitativo de 3,5 mil bebês nascidos vivos no período de janeiro a julho de 2011. Destes, 66,5% foram partos normais e 33,5% partos cesarianos. No período de janeiro a agosto de 2011, nasceram 4.149 bebês.

O diretor técnico do HMML, Acimor Coutinho, esclareceu que os óbitos ocorrem por diversos fatores, entre eles, por consequências provocadas pela hipertensão pulmonar, síndrome do desconforto respiratório grave, choque séptico, hemorragia pulmonar, coagulação intravascular, hemorragia, falência múltipla dos órgãos, insuficiência renal, cardiopatia, etc.
As mortes também podem estar associadas à prematuridade, deslocamento de placenta, aborto espontâneo ou provocado entre outras possibilidades. Entretanto, vários são os cuidados que as mães podem e devem ter para garantir uma gestação saudável e acompanhar as possibilidades de riscos. Para tanto, basta que cumpram uma agenda mínima de consultas ao longo da gravidez.

Acimor explicou que o pré-natal bem realizado é fator determinante na qualidade da gestação e na redução da mortalidade neonatal.

O pré-natal, que deve estar disponível nas Unidades Básicas de Saúde, consiste em frequentes consultas ao médico e a realização de exames que incluem um ou mais ultrassom, exames do tipo parasitológico, de fezes, urina tipo 1- E.A.S, hemograma completo, glicemia de jejum, sorologia para sífilis, exame para identificação de rubéola, toxoplasmose, tipagem sanguínea e identificação do fator RH (positivo ou negativo) e ainda outros recomendáveis, a exemplo da citomegalovirus e a sorologia para mononucleose, que identifica a possibilidade de má formação do bebê.

Atualmente, as Unidades Básicas de Saúde (UBS), que são de responsabilidade dos municípios, não estão devidamente equipadas e nem preparadas para a realização do pré-natal, e as poucas unidades que disponibilizam o serviço não funcionam todos os dias da semana e nem em tempo integral. Portanto, o HMML acaba atendendo parcela significativa da demanda da atenção básica do município.

No Amapá, ainda é considerado alto o número de mulheres que não realizam o pré-natal, cerca de 40,7%. Aproximadamente 42% realizaram  entre 1 e 6 consultas médicas durante a gestação. O restante realizou mais de 6 consultas ao médico.

Para o Ministério da Saúde (MS), o ideal é que a mulher se consulte minimamente seis vezes durante a gestação. O governo brasileiro recentemente assinou compromisso com as Nações Unidas, com o objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil para 35 em cada 100 mil nascimentos até o ano de 2015. Em todo país ainda morrem 75 mulheres para cada 100 mil habitantes. 


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