quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Técnicos da Vigilância em Saúde do Estado atuam na redução da malária no Amapá


Por Alieneu Pinheiro/Sesa

Na última segunda-feira, 5, o Ministério da Saúde (MS) divulgou uma queda no número de casos de malária na Amazônia Legal. O Amapá apresentou uma redução de 19% nos primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2010. A queda dos números de casos de malária no Estado só foi possível devido à atuação da Coordenadoria de Vigilância em Saúde do Amapá (CVS), secretarias municipais de Saúde, Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), entre outros órgãos envolvidos.

Somente de janeiro a julho deste ano, 5.002 notificações foram feitas nos municípios do Estado. Em 2010, estes números somaram 6.195 no mesmo período de 2011. No ano passado, os municípios que apresentaram aumento nos números de casos de malária foram Oiapoque (34%) e Porto Grande (13%).

Este crescimento alertou a equipe da Vigilância Epidemiológica do Estado que, imediatamente, realizou várias ações, não apenas nos municípios que apresentaram aumento nos casos, mas também em outras localidades.
"Ao ter conhecimento dos fatos, deslocamos uma equipe para estes municípios, onde foram feitas supervisões e capacitações dos profissionais da saúde daquelas comunidades", explicou o coordenador do programa de malária do Estado, Jonas Ferreira.

Outras ações que ajudaram na redução da doença foram o diagnóstico precoce e tratamento supervisionado. "Nosso diferencial foi diagnosticar a doença com mais rapidez, além de oferecer a medicação e acompanhar os pacientes até o final do tratamento", completou Jonas.

Além do controle da doença, os técnicos trabalharam no combate ao vetor da malária. Nas aldeias do município de Oiapoque foram realizadas 1.354 visitas domiciliar. Destas, em 1.010 foram feitas o trabalho de borrifação.

O responsável pelo programa de malária no Estado, diz que a atuação dos técnicos nos municípios que apresentaram casos da doença foi satisfatória. "Conseguimos realizar 75% de cobertura de borrifação, principalmente em Oiapoque, sendo que, o Ministério da Saúde estabelece 80% de cobertura", declarou Jonas Ferreira.

Agilidade no diagnóstico da malária
Ainda este mês, técnicos da Coordenadoria de Vigilância em Saúde do Estado estarão reunidos com representantes da Secretaria Especial de Saúde Indígena, Laboratório Central de Saúde Pública e Secretarias Municipais de Saúde para definirem a capacitação de índios no diagnóstico a malária nas aldeias de Oiapoque. Aproximadamente 22 índios das 58 áreas indígenas serão capacitados.
"Queremos que os próprios índios sejam capazes de realizar as notificações e o diagnóstico da malária na sua própria aldeia. Para isso, iremos capacitá-los e oferecer toda a medicação para o tratamento", finalizou.

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