quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Técnicos da Sesa discutem ação para atender vítimas de escalpelamento


Por Edy wilson Silva/Sesa

Confirmada para esta segunda-feira, 5, a realização de uma reunião que vai tratar entre outras coisas da assinatura de um Termo de Cooperação Técnica para a realização do I Mutirão de Avaliação da Cirurgia Reparadora às Vítimas de Escalpelamento no Amapá. O encontro acontecerá às 9h, no auditório da Secretaria de Estado de Inclusão e Mobilização Social (SIMS).

Técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) participam do encontro. A reunião será coordenada pela defensora Pública Federal de Brasília, Luciene Strada de Oliveira, que desenvolve projetos de Erradicação do Escalpelamento. Além da prevenção, o projeto busca meios de minimizar o problema enfrentado pelas vítimas, incluindo cirurgias reparadoras, tratamento médico e assistência jurídica para a concessão de benefício previdenciário.

A proposta é iniciar um amplo mutirão a médio e longo prazo de atendimento à saúde da mulher vítima de escalpelamento. "Iremos ampliar nossas parcerias com o objetivo de garantir uma política de atendimento de saúde integral as mulheres vítimas de escalpelamento", comentou o secretário de Estado da Saúde, Regiclaudo de Souza.

Ele antecipou que, nesta reunião do dia 5 de setembro, em Macapá, será acertado entre outras coisas, o início das avaliações médicas que vão indicar os procedimentos exigidos para cada paciente. "O Estado tem total interesse em ajudar as pessoas vítimas de escalpelamento no Amapá, mas precisamos consolidar parcerias eficientes para que as ações de saúde aconteçam com maior brevidade".

Segundo a presidente da Associação de Mulheres Ribeirinhas e Vítimas de Escalpelamento da Amazônia, Rosinete Rodrigues Serrão, a iniciativa do governo do Estado em tratar a saúde das vítimas de escalpelamento com prioridade é importante. "Este ano, iremos buscar maior apoio para ampliarmos nosso trabalho em prol dessas mulheres".

Rosinete calcula que, atualmente, existam cerca de 150 pessoas, entre mulheres e homens, vítimas de escalpelamento no Amapá. Ela enalteceu a existência da Lei 11.970/2010, de autoria da deputada federal Janete Capiberibe, que prevene o escalpelamento e estabelece regras para a utilização adequada do eixo do motor.

Participam da reunião representantes da Defensoria Pública da União, Ministério da Saúde, Conselho Regional de Medicina, Sociedade Amapaense de Cirurgia Plástica, Conselho Regional de Enfermagem, Associação de Mulheres Ribeirinhas e Vítimas de Escalpelamento da Amazônia, Ministério Público do Estado, Hospital Estadual Alberto Lima, Marinha Brasileira, Associação Comercial e Industrial do Amapá e a Federação do Comércio.

Acidente
Os acidentes de escalpelamento, que atinge na maioria das vezes mulheres ribeirinhas que utilizam embarcações de pequeno porte, são causados pela avulsão de couro cabeludo decorrente de preensão e tração dos cabelos que se enroscam no eixo descoberto que liga o motor à hélice da embarcação. O escalpelamento pode se limitar ao couro cabeludo ou atingir outras regiões, como a fronte, sobrancelhas, orelhas, olhos e regiões inferiores da face, dificultando os procedimentos de reconstrução.
Informações: 9146-1047/ 8127-3926/ 9129- 6173.

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