quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pronto Atendimento Infantil normaliza atendimento a pacientes



Por Araciara Macedo/Sesa

Após reduzir o número de consultas e internações, por conta do período de desinsetização, o atendimento a crianças e adolescentes no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (HCA) e o Pronto Atendimento Infantil (PAI) foi normalizado.

Segundo a diretora do hospital, Olinda Consuelo, mesmo com a redução no número de atendimentos, o serviço nas duas unidades não foi comprometido. "Mesmo ficando 17 dias com o atendimento reduzido, nenhuma criança ou adolescente deixou de ser atendido", afirmou.

A diretora destacou que teve o apoio da população para que os serviços não ficassem comprometidos. "Buscamos a parceria da imprensa para explicar para os usuários que a redução no atendimento se deu por conta da desinsetização, procedimento necessário para garantir o controle da infecção hospitalar".

Olinda afirmou que a população atendeu ao pedido feito pelos dois hospitais e passou a procurar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Olinda Consuelo citou que 80% dos usuários atendidos no PAI deveriam ser atendidos na Atenção Primária (Estratégia Saúde da Família, UBS e UPAS). "Em nosso levantamento, no primeiro semestre detectamos que só em um mês dos 7.500 atendimentos, 5.000 foi de gripe. Esse atendimento poderia ter sido feito em uma das nossas UPAS ou UBS, quando isso não acontece ocorre a superlotação, por isso vemos os corredores com crianças sendo atendidas", disse a diretora.

"Outro fator que compromete nosso atendimento é a falta de equipamentos, como Raio X e laboratório de análises clínicas, funcionando 24 horas no município de Macapá. Esses serviços são de responsabilidade do município e, quando não é oferecido, compromete o nosso atendimento", relatou Olinda.

A missão do PAI é ser a porta de entrada do SUS nas urgências e emergências infanto-juvenil, ou seja, crianças de 29 dias até 12 anos. Esse atendimento é caracterizado nas situações onde as crianças e adolescentes estão com quadro clínico de maior gravidade e que correm risco de morte.

Olinda conclui dizendo que a atenção primária precisa ser fortalecida. "Enquanto o município não assumir a responsabilidade de oferecer o serviço nas UPAS e UBS, vamos continuar vendo crianças sendo atendidas no corredor do PAI", observou.

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