Edy Wilson Silva/Sesa
Uma audiência pública realizada nesta quinta-feira, 24, sobre Políticas Públicas para o Tratamento do Câncer no Estado, mobilizou profissionais de saúde, médicos, gestores da saúde, deputados estaduais e principalmente pessoas que convivem com a doença.
A discussão ocorreu no plenário da Assembleia Legislativa e contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Edílson Mendes Pereira. A audiência foi capitaneada pela deputada estadual Roseli Matos a pedido do Instituto do Câncer Joel Magalhães.
Entre os questionamentos feitos ao secretário de Saúde estava a melhoria dos serviços oferecidos no Amapá aos pacientes de câncer, falta de medicamentos, ampliação dos serviços, reajuste dos valores de auxílio financeiro destinado a pacientes do Programa de Tratamento Fora de Domicilio (PTFD) e campanhas preventivas contra os cânceres que mais prevalecem no Estado.
Após ouvir atentamente diversos apelos, questionamentos e sugestões de médicos, deputados estaduais e de pacientes acerca do tema em pauta, Edílson Mendes reconheceu que existem graves problemas no atendimento oncólógico no Estado. Ele ressaltou que vai exigir maior empenho de sua equipe técnica para que os projetos e planejamentos voltados à prevenção e ao combate ao câncer tenham prioridade.
"Existem situações em que a solução deve ocorrer em curto prazo, mas há problemas que só serão sanados em médio e longo prazo. Iremos fazer de imediato o que for necessário resolver".
Edílson anunciou que a partir de 2012 serão investidos cerca de R$ 5,5 milhões na construção de uma ampla Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacom) em Macapá, com a oferta do serviço de radioterapia hoje ainda inexistente no Estado. Além do investimento de R$ 10 milhões para compra de equipamentos para a nova Unacom.
O secretário também destacou outros investimentos na área de saúde, que envolve o Hospital Estadual de Laranjal do Jari, Hospital Estadual de Oiapoque, Hospital Estadual de Santana, entre outros investimentos que vão ajudar na melhoria do atendimento de saúde à população.
"Isso requer também ações mais efetivas para garantir um atendimento mais qualificado e humanizado aos pacientes", enfatizou.
Além de investimentos por intermédio de emenda parlamentar para a construção de um Hospital de Emergência na zona Norte, Banco de Olhos e ampliação no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (HCA) e Hospital Estadual de Emergência (HE).
A respeito da falta de medicamentos, Edílson Mendes prevê que o reabastecimento integral nos hospitais ocorra até janeiro próximo. O estoque será suficiente para 12 meses. Ele explicou que o atraso se deu porque a Secretaria de Saúde teve de revogar sete pregões de 2010 para a compra de medicamentos, que, segundo ele, estavam todos viciados e superfaturados.
No final, o secretário avaliou positiva a audiência pública para discutir o câncer e reafirmou o compromisso do governo do Estado e da Sesa em promover a saúde dos usuários do Sistema Único de Saúde.
"A Secretaria de Saúde e meu gabinete estão à disposição dos deputados estaduais e dos pacientes e seus familiares para qualquer esclarecimento", garantiu.
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