quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Saúde da população negra é discutida em audiência pública nesta sexta-feira

Alieneu Pinheiro/Sesa
 
Entidades governamentais e não-governamentais participam nesta sexta-feira, 9, de audiência pública voltada para a Política Nacional de Atenção à Saúde Integral da População Negra. A sessão terá como principal foco criar espaço de interlocução entre governo e sociedade civil, com vistas à identificação de políticas de saúde para as populações negras do Amapá. O encontro acontece no Centro de Convenções João Batista de Azevedo Picanço, a partir das 14h.

Segundo dados do Ministério Saúde (MS), há uma grande desigualdade racial no Brasil. Em se tratando da população negra, essa desigualdade chega a 47%. Em relação à saúde, a desigualdade se reflete nos dados epidemiológicos que evidenciam diminuição da qualidade e da expectativa de vida da população negra, tanto pelas altas taxas de morte materna e infantil como pela violência vivenciada de forma mais intensa por esse grupo populacional.

Na audiência, será solicitada a criação da Gerência de Atenção Integral à Saúde da População Negra, que terá como objetivo capitanear ações de promoção, prevenção, atenção, tratamento e recuperação de doenças e agravos transmissíveis e não-transmissíveis, incluindo aqueles de maior prevalência nesse segmento populacional.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Edílson Mendes Pereira, a política de prevenção, que será criada pelo governo do Estado, é fundamentada nas evidências das imensas desigualdades em saúde dessa população e expressa o compromisso das desigualdades.

"As responsabilidades de cada esfera de gestão do SUS na implementação de suas ações e na articulação com outros setores de governo e da sociedade civil, em especial com os movimentos sociais, que representam a população negra, é importante para que as ações sejam desenvolvidas de forma positiva", explica Edílson.

A audiência está sendo proposta pela Assembleia Legislativa, por meio do gabinete da deputada Cristina Almeida (PSB), que é secretária nacional da Negritude Socialista Brasileira. Também participam órgãos parceiros do governo do Estado, a exemplo da Secretaria Extraordinária de Políticas para Afrodescendentes (Seafro) e Conselho Estadual de Saúde (CES), além de instituições federais, como Ministério da Saúde (MS) e Secretaria Especial de Políticas de Igualdade Racial (SEPPIR).


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